Empresas podem monitorar seu perfil nas redes sociais

2 de fev. de 2012

Fotos daquele churrasco em que todos beberam demais, frases do tipo "não aguento mais trabalhar" ou "eu odeio o meu chefe" são comuns no Facebook. Mas, quem já tem ou que está a procura de emprego, deve pensar mil vezes antes de expor sua vida nas redes sociais. Os exageros podem acarretar demissão ou a eliminação de candidatos. 

Facebook, Orkut e Twitter passaram a ser utilizados como ferramentas investigativas na seleção de interessados em vagas tanto na iniciativa privada como na pública. 

A entrevista não é substituída pela busca do perfil do candidato nas redes sociais. É feita a pesquisa sobre o comportamento e a identificação de atitudes que estejam ou não em equilíbrio com o perfil da empresa. Muitas vezes, o que o candidato diz na entrevista é desmentido nessa pesquisa. 

O linguajar, as comunidades das quais o candidato participa, entre outros aspectos, tudo é avaliado. Se a pessoa aparece em fotos com diversas cores no cabelo, alargador na orelha, não se pode contratar para o cargo de recepcionista, por exemplo. Mas isso sempre depende do perfil da empresa. 

Por outro lado, as redes sociais também podem ajudar na hora de procurar um emprego. A internet pode ser um meio fácil e eficiente de procurar e conseguir um emprego, basta saber usar. 

Créditos: Divulgação


Sem pesquisa

Entretanto, nem todos concordam em avaliar elementos da vida privada para o exercício da carreira profissional. A consultora de recursos humanos Roberta Trigo considera antiético fiscalizar Facebook e Orkut. “Não podemos julgar o profissional pelo que ele faz fora do trabalho. Muitas vezes, as fotos e comentários publicados correspondem a um momento de diversão, explosão, não podemos generalizar e julgar”, defende. 

Para o professor de Direito e especialista em Direito Eletrônico, Marco Antonio Araújo Junior, a prática além de não ser ilegal está dentro do poder investigativo da empresa ou da banca examinadora, quando nos casos de concursos públicos.

”A seleção e a entrevista tem caráter subjetivo. Desta forma, identificar candidatos que tenham comentários ou participem de comunidades preconceituosas, sexistas, homofóbicas ou que instiguem a prática de crimes pode ser mais um critério de exclusão”. 

O especialista defende a busca de dados da vida atual e pregressa de candidatos a empregos públicos ou privados na internet. “O futuro empregador pode ter ciência do perfil do candidato a partir de suas preferências ou associações, e aprová-lo ou não em um processo seletivo”. 

Um dos grandes problemas é que muitos candidatos que participam de processos seletivos não se dão conta de que sua página no Facebook, Orkut ou Twitter pode estar sendo monitorada e, em razão disso, acabam adotando posicionamentos inapropriados. 

“Manter uma conduta equilibrada, sem excesso de exposição, com fotografias sóbrias pode ser um diferencial para quem pretende encontrar uma posição de destaque no mercado de trabalho.”, adverte o professor.

Fonte: Jornal A Tribuna

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